Lançamento

Tetein é o novo disco de Ian Ramil

Terceiro álbum do músico traz 12 faixas inventivas e multifacetadas criadas a partir do nascimento de Nina, sua primeira filha

(Foto: Tuane Eggers - Especial DP) - Em 2016 o cantor e compositor ganhou o Grammy Latino

Depois de ganhar o Grammy Latino de Melhor Disco de Rock, em 2016, Ian traz em Tetein, seu terceiro álbum, um universo sonoro onde guitarra e bateria dão lugar a silêncios, texturas, beats, vocais massivos, arranjos orquestrais e eletroacústica conectados por uma minuciosa direção musical.

Criado a partir do nascimento de Nina, sua primeira filha, o disco traz 12 faixas inventivas e multifacetadas, de poética arrojada e arranjos ricos em texturas e dinâmicas. Tetein é um mergulho intenso no íntimo e na realidade urbana, guiado pela usual tendência vanguardista das canções de Ian. Um parque imaginário no fantástico mundo da delicadeza. O show de lançamento será no dia 3 de agosto, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre.

Sobre o álbum o escritor Marcelo Labes ponderou: “Ian Ramil finalmente nos traz um álbum novo (o tanto que pedi por isso não foi brincadeira), e o faz num momento de riqueza em sua vida, de superação na política nacional, de refino no seu tocar e num aprofundamento estético muito valoroso em o que canta. Voltando ao início desse longo texto, sobre aquilo de como é ser artista neste Brasil de hoje, com todas as dificuldades que os artistas temos (inclusive a de amadurecermos esteticamente), me parece que Ian traz mais respostas que perguntas. E a respeito disso, para quem se perguntou, como eu, esse disco é todo tetein - não sobra nada, não falta nada, está na medida exata do que precisa ser ouvido exatamente hoje”.

Na sequência o músico Ian Ramil comenta faixa a faixa do novo trabalho:

1 - Tetein
“Uma das minhas favoritas do disco. Gosto de como ela é leve e nunca se repete e como a letra é pessoal, mas ao mesmo tempo palpável pra qualquer pessoa. Todo mundo já explodiu de satisfação com o cotidiano em algum momento.”

2 - Canção de Chapeuzinho Vermelho
“Retirei de um vídeo que fiz da Nina tocando piano no Audio Porto. Ela adorava cantar essa música quando pequena. No disco ela funciona como o início da história, a deixa pra entrada do Macho-Rey.”

3 - Macho-Rey
“Fiquei muitos meses tocando o riff até encontrar a melodia simples, centrada em uma nota só. Junto já veio a letra, que surgiu rápida, mas me parecia capenga. Um dia mostrei pra Juliana Cortes e ela entrou matando com a ideia do refrão.”

4 - Cantiga de Nina
“Nina tinha um mês e eu ficava cantarolando pra ela. Um dia no meio de um choro incessante cantarolei uma melodia singela, redondinha, com cara antiga. Registrei no celular em meio ao choro e passei os dias seguintes cantarolando e escrevendo a letra sem pressa.”

5 - O mundo é meu país
“Em dado momento de um livro que eu estava lendo, a entrevistadora pergunta a Ariane Mnouchkine por que narrava em suas peças coisas tão distantes da realidade em que vive. Ariane responde algo como: ‘sou parte da humanidade e tudo que acontece com a humanidade me diz respeito’. Anotei a ideia em verso: ‘toda história é minha história’ e fui dormir. No dia seguinte acordei com uma mensagem do Luiz Gabriel Lopes me dizendo: ‘Vamos fazer uma música?’. Foi pelo zap.”

6 - Lego efeito manada
“Acho que é a composição mais sofisticada do disco. Um dia o Ceron me mostrou uma demo do Poty e entre elas estava uma que identifiquei como um esboço. Eram os primeiros compassos, ainda sem letra, do que viria a se tornar Lego. Peguei aquela ideia e desenrolei nos dias seguintes. Depois concluímos juntos.”

7 - Mil pares
“Fiz essa música em uma tarde. A Duda Brack me pediu pra fazer algo pro disco novo dela e fiz Mil pares, mas ela acabou gravando Macho-Rey. Depois, no meu disco, me aventurei a construir esse universo de beats orgânicos dela. Um dos arranjos que mais gosto.”

8 - O bichinho
“Pra mim é a mais importante do disco. Foi quando fiz que percebi que tinha uma linha ligando todas as composições que eu vinha fazendo. Escrevi numa tarde sozinho com a Nina em casa quando ela tinha quatro meses. É a mais delicada que já fiz. Quis que o arranjo fosse pelo mesmo caminho.”

9 - Teletransporte
“Essa é a mais antiga de todas. Compus antes de começar a gravar meu primeiro disco, mas tinha só melodia e violão, nunca consegui botar letra. Quase 10 anos depois, numa tarde preguiçosa com a Nina e o sol no quarto dela, fui teletransportado pra minha infância em Rosário do Sul e voltei com a letra.”

10 - Palavras-vão
“Essa é quase da época de Teletransporte. Já nasceu completa, mas nunca entrou nos meus discos. Eu ouvia muito o Asleep on the floodplain do Six Organs Of Addmitance e fiz inspirado naqueles espaços todos que eles deixam. Eu sempre tive em mente que ela seria uma música importante pra algum momento meu. Ela é o respiro profundo de Tetein.”

11 - Homem-Bomba
“Mais uma parceria com o Poty. Essa, ao contrário de Lego, chegou bem encaminhada. Entrei com versos e algumas melodias. Ela nos cutuca pra realidade externa.”

12 - Cantiga de Nina II
“No longo processo de produção do disco, em casa, entrei na viagem de trabalhar essa versão a capela, com um intervalo improvável de vozes, sem base harmônica. Só gravando intuitivamente e lapidando. Depois o Mosca trouxe esse reverb tremolo que deu a cola e elevou ela pra essa lisergia carinhosa.”

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